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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Como funciona a Arte!!!



Como funciona a Arte

por Julie Dawson - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução

A arte faz parte de nosso cotidiano e freqüentemente ouvimos a respeito dela nos jornais e noticiários. Mas o que é exatamente arte? A definição de arte é fruto de um processo sócio-cultural que varia bastante ao longo do tempo.


Neste artigo, vamos tentar encontrar uma definição e entender um pouco a arte.


A definição

Merriam-Webster's Collegiate Dictionary define arte da seguinte forma:


"arte n - o uso consciente da habilidade e imaginação criativa, especialmente, na produção de objetos estéticos, também: trabalhos assim produzidos b (1): belas artes (2): uma das belas artes (3): uma arte gráfica"


Novo dicionário da língua portuguesa. de Aurélio Buarque de Holanda:


"arte s.f. - atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito de caráter estético carregados de vivência pessoal e profunda (...) A capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações e sentimentos."


Literalmente, arte significa esforço ou tentativa, por essa razão está associada a palavras como engenhoso, artístico, etc. A maioria das definições de arte nos dicionários envolve palavras como produção, expressão, organização e esforço. Isso significa que existe uma diferença entre uma pedra na qual sentamos por acaso e uma que trouxemos da floresta e colocamos em no jardim com outras quatro, para fazer um círculo de assentos. A última é um tipo de arte porque escolhemos materiais e os colocamos de forma a não serem apenas úteis, mas também para nos satisfazer de alguma forma. Portanto, arte tem a ver com a intenção do artista e também com ele próprio.


Uma grande parte da arte é intenção. No San Francisco Museum of Modern Art (Museu de Arte Moderna de São Francisco) uma vez havia uma mostra de animais empalhados cobertos por lama. Muitas crianças acabam fazendo animais empalhados cobertos por lama nos quintais de suas casas o tempo todo. A diferença entre brinquedos de barro em um museu de São Francisco e animais empalhados sujos em seu quintal se reduz à intenção e ao esforço. O criador da exposição em São Francisco tinha a intenção de expressar seu trabalho artisticamente. Por outro lado, os brinquedos no quintal são normalmente apenas produto de uma brincadeira.


Um elemento prático de arte é o reconhecimento público. É aí que nos deparamos com um dos acontecimentos da vida artística: nem sempre o público aprecia um trabalho.


terça-feira, 9 de junho de 2009

Festejando com Arte



Festejando com arte


Objetivo:

Valorizar as diferentes manifestações artísticas como meio de acesso e compreensão das diversas culturas.


Introdução

"O ato de dançar e cantar está associado a alegria, festa, ritual, homenagem, comemoração, agradecimento. Dançando e cantando, o ser humano expressa suas emoções e ansiedades.As festas com músicas e danças nos elevam e emocionam desde a Antigüidade. […]


Com o passar do tempo, os rituais antigos foram sendo transmitidos de geração parageração, de país para outro. E foi assim que as festas populares africanas e européias chegaram ao Brasil e se misturaram aos costumes indígenas. De tão populares, tornaram-se tradicionais e começaram a fazer parte do nosso folclore."
(Festas e tradições. São Paulo: Moderna, 2001)


Festejar é bom e todo mundo gosta, mas a forma como são desenvolvidos os festejos nem sempre contribui para a formação de alunos conhecedores de arte.


Para tal, faz-se necessário que as festas sejam preparadas de forma a considerar a construção desse conhecimento, por meio de atividades que tragam para a sala de aula questões sobre arte.


Além de recortar, colar e pintar, o professor poderá explorar idéias, experimentar materiais, atribuir significados a cada cor, gesto, som e movimento trabalhados na preparação dessas festas.


Descrição da atividade


O que proponho nesta atividade (apresentada em duas partes) é que você e seus alunos interajam com obras de arte, apreciando, conhecendo e principalmente exercitando o seu pensamento e fazer artístico.


1ª parte da atividade

Divida a turma em grupos de 4 alunos.Inicialmente, proponha-lhes que realizem um levantamento a partir das seguintes questões:


- Quais festas populares e religiosas vocês conhecem?

- Vocês sabem o significado de cada uma dessas comemorações?Cada grupo deverá registrar por escrito suas respostas em painéis (com letras bem legíveis) afixados no mural da sala de aula.


Juntos, observem os painéis para verificar quais são as festas mais citadas.Registrem essa informação.


2ª parte da atividade


Prosseguindo a atividade… o professor e seus alunos, pesquisarão obras de pintores conhecidos que tenham como tema as festas mais citadas na etapa acima.

Os alunos deverão observar atentamente as obras apresentadas e refletir sobre as questões abaixo sugeridas:

- O que as imagens sugerem ou lhe fazem lembrar?

- Quais objetos que trazem essa lembrança?

- Quais objetos se repetem nas obras?- O que está em destaque no primeiro plano, no centro, no fundo e no céu (se houver)?

- O tema das obras faz com que você se lembre de alguma música? Qual?

- As cores nessas obras são importantes?

- Onde elas se repetem?

- Qual delas você mais gostou? Por quê?


Registrem todas as respostas, tanto das questões acima quanto das de outras sugeridas por você, professor, e/ou seus alunos.


Sugestão


Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Picasso e Cèzanne foram alguns dos artistas que utilizaram esse tema para criar suas obras.

Habilidades/atitudes trabalhadas:

- atenção ao direito de liberdade de expressão e preservação da própria cultura;

- observação das características presentes em objetos de estudo e identificação das informações contidas nesses objetos;

- descrição dos elementos expressivos da linguagem visual (planos, cores, assunto);

- posicionamentos pessoais em relação a artistas, obras e meios de divulgação das artes.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O que é Sumiê ?


O que é Sumiê?


O pincel, erguido perpendicularmente ao papel de arroz, o washi, quase forma um ângulo de 90 graus com a mão do artista, que desliza pinceladas precisas e definitivas. A concentração é extrema. Os dedos permanecem quase imóveis, enquanto o braço se movimenta sem se apoiar na mesa de trabalho.


Visto dessa forma, o suiboku-ga, a milenar pintura japonesa conhecida como sumiê, mais parece um sacrifício para as articulações e os tendões humanos. Para os pintores treinados na tradição oriental, porém, esse é um caminho natural e espontâneo, que resulta numa das mais belas formas de arte do arquipélago.


A palavra sumiê significa “pintura a tinta” em português, e consiste numa técnica de pintura em preto-e-branco originada em mosteiros budistas da China durante a dinastia Sung (960-1274). Levada pelos monges zen ao Japão a partir do século XIV, o sumiê tinha essencialmente temáticas religiosas que representavam elementos budistas, como o círculo, que indica o vazio interior, ou da natureza, como as rochas e a água.Para o artista, o mais importante é retratar a essência do elemento a ser pintado, e não a mera reprodução de sua aparência exterior.


Adotando esses princípios, o sumiê exerce uma dicotomia interessante. Preto-e-branco, concreto e abstrato, água e terra, controle e espontaneidade são manifestações presentes nessa arte, que, a partir do século XV, passou a retratar também pássaros, flores e paisagens.


Alguns dos artistas mais importantes do sumiê são datados desse período, destacando-se Sesshu, o primeiro a criar uma linguagem peculiarmente japonesa para o estilo.

Sumiê



Sumiê


Bloco de Conteúdo

Arte


Conteúdo



OBJETIVOS

■ Pesquisar a arte chinesa.

■ Explorar materiais e técnicas artísticas.

■ Pintar com a técnica do sumiê.

■ Apreciar a própria obra e a dos colegas.


CONTEÚDOS

■ Arte chinesa.

■ Pintura chinesa (sumiê).


ANOS

2º ao 5º.


TEMPO ESTIMADO

Dois meses.


MATERIAL NECESSÁRIO


Reportagens sobre cultura e arte chinesas, uma lenda chinesa (sugestão: Os Dez Sóis Que Se Apaixonaram pelas Doze Luas), papel canson, aquarela sólida, pincéis redondos de diferentes tamanhos, cartolina, tesoura, giz de cera, adesivo de dupla face, caneta esferográfica grossa e papel cartão, máquina fotográfica e filmadora.


DESENVOLVIMENTO


■ 1ª ETAPA Organize uma roda para apresentar o projeto e os conteúdos que serão trabalhados. Em seguida, peça que cada criança imagine um lugar na China e o desenhe em folha branca, com lápis de cor. Pendure as obras e discuta os resultados. Qual o motivo da escolha daquela paisagem? E das cores? Que sentimentos as pinturas transmitem? Avalie os conhecimentos que a turma já tem sobre a cultura ou a estética do país. Como lição de casa, solicite uma pesquisa sobre artes plásticas, moda, arquitetura e cinema chineses. Selecione o material levado pelos alunos e organize-os em grupos de quatro. Distribua cartolina, cola, tesoura, caneta hidrocor, lápis de cor e giz de cera e oriente-os a fazer um cartaz com texto e imagens sobre uma das áreas pesquisadas. Reserve uma aula para as apresentações. Sistematize as novas informações, chamando a atenção para os aspectos típicos da arte chinesa, como os traços que guiam as formas e as pinceladas soltas. Leve outros materiais para consulta.


■ 2ª ETAPA É hora da primeira apreciação. Apresente informações sobre artistas clássicos, como o pintor Shi Tao (1630-1724), e contemporâneos, como Chen Kong Fang, Wu Guanzhong, Chan Chi Vai, Chan Ka Son, Chau Van, Che Ho e Massao Okinaka (1913-2000), que introduziu o sumiê no Brasil. Fale sobre as características da técnica e selecione obras de pelo menos dois pintores. Incentive a comparação entre elas, fazendo perguntas relativas a cores, formas e linhas. Há diferença entre o sumiê antigo e o contemporâneo? E entre a arte chinesa e a ocidental?


■ 3ª ETAPA Leia para a turma o conto Os Dez Sóis Que Se Apaixonaram pelas Doze Luas. No meio da história, as escritas chinesas se tornam enigmas. Convide os alunos a decifrá-las e peça que escolham passagens para representar com pinturas. Distribua papel canson, aquarela e pincel redondo. Cada estudante deve fazer cinco produções, usando o pincel com força ou leveza, deitado ou em pé, com tinta diluída ou espessa, e posicionar a mão de diversas maneiras para fazer manchas, linhas e pontos. Deixe os trabalhos deitados até que sequem.


■ 4ª ETAPA Pendure tudo em um varal para um segundo momento de apreciação. Pergunte sobre as semelhanças e diferenças entre o sumiê visto nas aulas anteriores e o que produziram.


PRODUTO FINAL

■ Exposição de arte. Separe registros de todas as etapas do projeto e monte um painel com as observações que você fez durante o processo. Na exposição, todos devem se revezar para receber os visitantes e dar as explicações necessárias.


AVALIAÇÃO

No fim de cada aula, anote hipóteses, percepções e interpretações dos estudantes. Na última aula, em roda de conversa, peça que relatem o que mais gostaram e as justificativas das escolhas feitas nas diversas etapas.

Fique por dentro !!!

I Seminário Estadual da Associação dos Arte Educadores do Estado do Amapá

De 04/06/2009 a 05/06/2009
Macapá, AP
A primeira edição do seminário terá como temática "Questões de arte e experiência docente" onde serão analisadas várias abordagens conceituais da arte evidenciadas na prática docente em uma realidade local, do Estado do Amapá.
O evento busca investigar, por meio de palestras, relatos, oficinas, o que vem sendo trabalhado nos espaços educativos em arte e o que se pretende como "ideal" de qualidade desse processo.

As inscrições são limitadas (200 VAGAS) e podem ser feitas por telefone.
Local: UNIFAP
Endereço: campus marco zero - Rod. JK - Macapá
Telefone: 9127-4111 / 3137-3247 / 8112-5854
E-mail: aaeap@hotmail.comAcesse aqui o programa