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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Aula com Trilha Sonora


- Para a próxima aula precisarei que vocês (os alunos) tragam músicas que, em suas opiniões, consigam expressar a idéia de modernidade. O conceito pode estar sendo diretamente trabalhado na letra da música ou ainda, pode aparecer nas atitudes assumidas pelo compositor. Uma outra alternativa é perceber a modernidade na sonoridade da música ou na atualidade e polêmica do tema trabalhado na letra. Não se esqueçam que vocês têm que trazer um CD com a música escolhida para que possamos apresentá-la para os colegas!

Já havíamos trabalhado com a palavra modernidade em sala de aula sob dois diferentes pontos de vista:- primeiramente aquele relacionado ao sentido do termo, de acordo com a utilização corriqueira e com a definição dada nos principais dicionários escolares; num segundo momento, havíamos visto o que significava a modernidade na história, examinando a transição da Idade Média para a Idade Moderna e todo o encaminhamento para que essa transformação ocorresse, desde as Cruzadas até a Reforma Protestante, passando pelos Renascimentos Comercial e Urbano e desembocando no Renascimento Cultural.

Além disso, tínhamos discutido o termo a partir de frases cunhadas por Rabelais, Caetano Veloso e outros pensadores ou artistas.

Quando foram pedidas as músicas, várias dúvidas brotaram da cabeça dos alunos. A primeira referia-se ao prazo para fazer esse levantamento. Disse-lhes que isso deveria ser feito em uma semana. Alguns ficaram verdadeiramente apavorados. Muitos começaram a dizer, quase que automaticamente, que desconheciam músicas que tratavam do tema.

Conversando um pouco mais com eles, lhes assegurei que a princípio eles poderiam não se lembrar, mas que o contato com suas coleções de CDs ou pesquisas via internet poderiam facilitar a busca. Outra alternativa interessante seria conversar com parentes ou amigos que gostassem ou conhecessem um pouco de música.

Não defini se as músicas teriam que ser em português ou outra língua qualquer, deixei a possibilidade em aberto, para que eles tivessem total liberdade de optar por músicos e compositores de diferentes origens. Além disso, queria ver o que eles estavam escutando, que gêneros musicais prevaleciam entre suas preferências...

Durante os dias que se seguiram ainda nos encontramos algumas vezes no corredor da escola, os alunos do 2° ano do Ensino Médio continuavam um pouco aflitos e diziam não ter encontrado as músicas, temiam não conseguir resolver a questão proposta até a aula em que teriam que revelar suas músicas escolhidas.

Uma semana depois...

Assim que entrei na sala de aula alguns alunos já queriam entregar o trabalho realizado. Expliquei que eles deveriam falar sobre suas escolhas e, que escutaríamos todas as músicas escolhidas no CD player da escola.

Em clima totalmente informal fomos escutando as músicas, uma a uma e, abríamos espaço para que cada um dos alunos falasse brevemente sobre sua escolha. Tivemos escolhas muito interessantes, sendo que de todas elas (aproximadamente 20), apenas uma ou duas eram músicas estrangeiras.
O rock nacional prevaleceu, ao lado da MPB, como o gênero musical destacado para aprofundar o conceito de modernidade. Tivemos entre os músicos escolhidos desde Raul Seixas até Marisa Monte, passando pela Legião Urbana, pelos Titãs, por Lulu Santos e chegando mesmo a Zé Ramalho. Também colaborei com a seleção de músicas e levei um CD do Caetano Veloso, que tinha a música "É proibido proibir".

Entre as músicas selecionadas tivemos: Televisão (Titãs), Geração Coca-Cola (Legião), Diariamente (Marisa Monte), Tempos Modernos (Lulu Santos), Admirável Gado Novo (Zé Ramalho), Admirável Chip Novo (Pitty),...

Os alunos encontraram alguma dificuldade em explicar exatamente porque tinham selecionado tais músicas. Suas explicações foram um tanto quanto genéricas, sem conseguir explicitar exatamente a relação entre suas músicas e o conceito de modernidade.

Para que isso ficasse mais fácil foi necessário um empurrãozinho por parte do professor, que lhes dizia, a cada momento, que a modernidade poderia ser percebida na letra, na contestação da música, no ritmo ou que, eventualmente, ela poderia parecer moderna e não ser.

Ao final, listamos todas as músicas. Rediscutimos o conceito de modernidade e estipulamos que os alunos deveriam, com base nas definições firmadas nas atividades anteriores, escolher 5 entre as vinte músicas apresentadas na aula, obter suas letras e esclarecer, por escrito, por que motivos essas músicas poderiam ser realmente consideradas modernas.

Para que a atividade ficasse completa, eles deveriam trocar idéias com os alunos que haviam escolhido as cinco músicas selecionadas. No próximo encontro eles deveriam me entregar suas conclusões. Estava firmada a nossa aula com trilha sonora! Agora só falta gravar o CD "Modernidade".

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Com 260 obras, SP tem maior retrospectiva brasileira do alemão Joseph Beuys



A programação de 2010 para as artes plásticas no Brasil ainda reserva importantes mostras, mas as apostas para repetir o grande sucesso da área no ano passado -- a exposição dedicada a Sophie Calle, organizada pelo Sesc Pompeia e pela Videobrasil -- recaem sobre "Joseph Beuys - A Revolução Somos Nós". No mesmo local e sob a mesma organização que a exposição de Calle, a retrospectiva de Beuys -- a maior já feita no Brasil -- abre ao público esta quinta-feira (16) e segue até 28 de novembro. Depois, a mostra segue para o Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador.

Nome central na arte contemporânea e influência de diversos artistas, Beuys (1921-1986) dizia que todo homem é um artista. Seu profundo humanismo, seu conceito de escultura social e o envolvimento político que o tornou um dos precursores do movimento ecológico fazem dele figura atrativa para qualquer interessado em artes.

“É isso que faz a lebre: encarnar-se fortemente dentro da terra, coisa que o homem só pode realizar radicalmente por meio do seu pensamento -- esfregar, bater, cavar na matéria (terra); por fim penetra (a lebre) nas leis da terra. Nesse trabalho seu pensamento é aguçado e então transformado, tornando-se revolucionário”, disse Beuys em 1965, durante performance em Düsseldorf, na Alemanha.

O lado mais lendário do artista, que idolatrava as lebres e tinha forte elo com a cultura dos tártaros, também perpassa boa parte das 260 peças presentes em "A Revolução Somos Nós" -- vídeos, cartazes, múltiplos e fotografias. Segundo relatos transmitidos pelo próprio Beuys, o apego por tal cultura teve desdobramentos em toda a sua obra, com o uso da gordura, do feltro e de elementos xamânicos. A ligação com os tártaros se conecta ao fato de o artista ter sido amparado e recuperado após acidente de avião que sofreu durante a Segunda Guerra Mundial, quando atuou como piloto da força aérea alemã

“É preciso conhecer a história de Beuys e esses episódios para compreender melhor sua obra”, disse o curador da exposição em São Paulo, o italiano Antonio D´Avossa, em palestra no último mês de julho no Sesc Pinheiros, em São Paulo. D´Avossa desenha a figura do artista alemão como uma espécie de contraponto a Duchamp, outro nome-chave da contemporaneidade. “Enquanto Duchamp privilegiava o isolamento do artista, Beuys tinha nos encontros com públicos dos mais variados um dos eixos de sua obra, por exemplo.

As relações com o Fluxus [movimento artístico surgido na década de 1960 do qual participaram Yoko Ono e John Cage] também são evidenciadas na mostra no Sesc Pompéia. Quando foi dar aulas em Düsseldorf, Beuys conheceu professores integrantes da corrente, como George Maciunas e Nam June Paik. “Quando vemos registros fotográficos de tais aulas, vemos que pareciam mais encontros. Beuys ficava em meio aos alunos, em conversas em um mesmo nível de interlocução, algo bastante inovador”, disse o curador.

A escolha de Beuys para estrelar a mostra anual do Videobrasil dialoga com o tema da 29ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, arte e política. Com uma obra baseada em ações, encontros e performances -- em "Eu Amo a América e a América me Ama", de 1974, o alemão conviveu com um coiote numa sala durante cinco dias --, o artista se aproxima do viés menos panfletário e mais experimental proposto pela curadoria de Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias para o evento, que abre ao público no próximo dia 25 no parque Ibirapuera.


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"JOSEPH BEUYS - A REVOLUÇÃO SOMOS NÓS"
Quando: de 16/9 a 28/11. De terça a sábado, das 10h às 21h; aos domingos e feriados, das 10h às 20h
Onde: Galpão SESC Pompeia (rua Clélia, 93. Tel.: 0/xx/11 3871-7700)
Quanto: entrada gratuita

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

33 ª SEMANA GUIOMAR NOVAES




33 ª SEMANA GUIOMAR NOVAES

De 04 a 12 de setembro de 2010

Programação

Dia 09
9h00 e 15h00
21h00
João e o Pé de Feijão

Teatro Infantil

Theatro Municipal de São João da Boa Vista

Solto os Cachorros

Teatro Adulto


Dia 10
21h00
As Pagus

Teatro Adulto

Theatro Municipal de São João da Boa Vista

Dia 11
21h00
Show Sem Descanso – MPB

ré Mastro

Theatro Municipal de São João da Boa Vista

Dia 12
18h00

Encerramento

Orquestra Jazz Sinfônica São João da Boa Vista

Praça Cel Joaquim José



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Festival do Minuto 2010


A Secretaria de Estado da Educação e o Festival do Minuto estão promovendo, em parceria, um concurso destinado a alunos do Ensino Fundamental - Ciclo II e Ensino Médio da rede pública estadual paulista.
O concurso faz parte do Projeto intitulado "Minuto na Escola" e é composto de duas categorias:

1. Ensino Fundamental (até 14 anos - o chamado Minuteen)
2. Ensino Médio (de 15 a 18 anos).

O projeto, que tem por objetivo estimular o trabalho com a linguagem audiovisual nas escolas, teve seu início a partir da Orientação Técnica oferecida aos Professores Coordenadores das Oficinas Pedagógicas – PCOP de Arte em maio desse ano. A continuidade se deu com a formação descentralizada, por meio dos PCOP, aos Professores de Arte, em suas respectivas Diretorias de Ensino. Para subsidiar o trabalho dos professores e alunos, as escolas receberam um DVD educativo com 57 vídeos do acervo do Festival, com depoimentos dos realizadores, comentários do curador e dicas sobre programas gratuitos de edição de imagem e som, que podem ser usados pelos estudantes na produção dos seus trabalhos.
Para que o projeto tenha êxito em suas ações e seja aprimorado em suas próximas edições, atendendo às necessidades de seu público alvo, foi preparado um questionário online.
Abaixo seguem os links dos questionários, um específico para professores e outro para alunos inscritos no projeto, sendo de extrema importância que estes respondam à pesquisa.

http://www.planetaminuto.com/minutoescola/prof/
http://www.planetaminuto.com/minutoescola/alunos/

29ª Bienal de Arte de São Paulo



A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e a 29ª Bienal de São Paulo celebram este início com muita expectativa! E para receber os professores, foi elaborada uma apresentação especial que mostra as novidades do curso.
Para conferi-la, acesse: http://www.escoladeformacao.sp.gov.br e clique e, “Tão Perto Tão Longe – 29ª Bienal”.
Nesse endereço você encontrará:
- O link de acesso ao curso. Para acessá-lo, clique em “Acesse o curso”, na página inicial do site. Em “Usuário”, digite seu CPF, sem ponto e sem hífen. Em “Senha”, digite seu RG, sem ponto.
Na página inicial, próximo ao Regimento, você encontra o Guia de Acesso com todas as orientações para que você navegue sem dificuldades pelo site do curso. Ao entrar nesse ambiente virtual, você também encontrará um Guia de Utilização com todas as informações para que possa interagir com as ferramentas e conteúdos do curso.
Serão oito encontros a distância com artistas, conceitos e questões de arte contemporânea.
Contamos com sua participação e desejamos a todos os professores um excelente período de aprendizagem!